Ainda mais complexos que os relacionamentos fictícios dos livros de Stephenie Meyer, são os reais. Eu nunca pensei muito em como toda essa história de colegial acabaria. Eu nunca fracionei o quanto eu sou apegada a cada expressão, a cada riso exclamativo, a cada abraço urgente. Veja, eu ainda riscava os dias do calendário com ansiedade para que o ano acabasse, até hoje. Hoje, um dia de duas provas e entra-e-sai de professores como outro qualquer, eu notei o quando vou sentir saudade de toda essa cacofonia agitada.
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Não mais encontrarei os mesmos rostos sonolentos e os sorrisos fáceis como os meus. E esse fato, o reconhecimento dele, fez doer em lugares que eu nem sabia que existiam dentro de mim. É o apego de novo. O apego mais cruel – o apego inconsciente. Você não precisa ser um leitor assíduo deste blog para saber que o meu dilema diário é o desapego. O apego que eu não sou capaz de negar; o desapego que é saudável exercer.
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Até hoje de manhã antes de atravessar, ainda uma vez, os portões do estacionamento do colégio e subir as escadas em direção à sala de aula, eu acreditava, de fato, que estava curada desse bem incômodo. A palavra soará piegas, mas vá lá: eu acreditava ser imune ao amor, ao apego, ao medo de perder o quer que fosse. Até hoje de manhã eu tinha a glória dos inconfiáveis, pois não se deve confiar naquele que não tem nada a perder. Mas eu tenho. E não só tenho algo a perder, eu perderei.
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Ainda tenho algumas semanas, mas serão poucas. Eu preciso que eles, meus amados amigos de todos os dias, saibam disso. Preciso que saibam que a minha apatia matutina e as minhas poucas frases, em sua maioria sarcásticas, são elementos de uma máscara de auto-preservação inútil que eu coloquei e esqueci de retirar, mas que não me fez esquecer de como me sinto debaixo dela e nem de quem eu sou e do quanto eles fazem parte de mim.
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Embora o nosso fim como sociedade-alternativa-anti-popularidade aproxime-se a cada palavra escrita e frase dita, o nosso elo não se perderá. Sempre levaremos a lembrança saudosa das testemunhas de nossas fases mais bizarras, da rebeldia, dos hormônios em fúria, das conversas fora de hora, dos comentários inapropriados, das propostas à legalização da maconha, das aulas de sexo do “Pssô Willah”, das encenações da “Professora Cretina”, das palavras de baixo-calão do “Vô Alencar” entre tantas outras barbaridades que nos pertencem, porque estivemos lá. E porque, para todos os propósitos, construímos memórias que estarão conosco, muito além do tempo e espaço.
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No dia 21 de Dezembro de 2008, daremos um último show. Uma vez que é fado, que está sacramentado, deixemos que a chuva de prata caia, que as cortinas se fechem e que as luzes se apaguem. De ontem em diante seremos o que somos no instante agora.
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Meus meninos nerds, minhas meninas impossíveis, meus vagabundos e preguiçosos, eu amo todos vocês. Quando a vida nos oferece um sonho muito além de todas as nossas expectativas, é irracional lamentar quando chega ao fim. E ainda assim, vou sentir saudade. Cuidem-se. Um beijo de esmagar as maçãs do rosto, e um abraço daqueles urgentes.
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Não mais encontrarei os mesmos rostos sonolentos e os sorrisos fáceis como os meus. E esse fato, o reconhecimento dele, fez doer em lugares que eu nem sabia que existiam dentro de mim. É o apego de novo. O apego mais cruel – o apego inconsciente. Você não precisa ser um leitor assíduo deste blog para saber que o meu dilema diário é o desapego. O apego que eu não sou capaz de negar; o desapego que é saudável exercer.
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Até hoje de manhã antes de atravessar, ainda uma vez, os portões do estacionamento do colégio e subir as escadas em direção à sala de aula, eu acreditava, de fato, que estava curada desse bem incômodo. A palavra soará piegas, mas vá lá: eu acreditava ser imune ao amor, ao apego, ao medo de perder o quer que fosse. Até hoje de manhã eu tinha a glória dos inconfiáveis, pois não se deve confiar naquele que não tem nada a perder. Mas eu tenho. E não só tenho algo a perder, eu perderei.
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Ainda tenho algumas semanas, mas serão poucas. Eu preciso que eles, meus amados amigos de todos os dias, saibam disso. Preciso que saibam que a minha apatia matutina e as minhas poucas frases, em sua maioria sarcásticas, são elementos de uma máscara de auto-preservação inútil que eu coloquei e esqueci de retirar, mas que não me fez esquecer de como me sinto debaixo dela e nem de quem eu sou e do quanto eles fazem parte de mim.
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Embora o nosso fim como sociedade-alternativa-anti-popularidade aproxime-se a cada palavra escrita e frase dita, o nosso elo não se perderá. Sempre levaremos a lembrança saudosa das testemunhas de nossas fases mais bizarras, da rebeldia, dos hormônios em fúria, das conversas fora de hora, dos comentários inapropriados, das propostas à legalização da maconha, das aulas de sexo do “Pssô Willah”, das encenações da “Professora Cretina”, das palavras de baixo-calão do “Vô Alencar” entre tantas outras barbaridades que nos pertencem, porque estivemos lá. E porque, para todos os propósitos, construímos memórias que estarão conosco, muito além do tempo e espaço.
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No dia 21 de Dezembro de 2008, daremos um último show. Uma vez que é fado, que está sacramentado, deixemos que a chuva de prata caia, que as cortinas se fechem e que as luzes se apaguem. De ontem em diante seremos o que somos no instante agora.
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Meus meninos nerds, minhas meninas impossíveis, meus vagabundos e preguiçosos, eu amo todos vocês. Quando a vida nos oferece um sonho muito além de todas as nossas expectativas, é irracional lamentar quando chega ao fim. E ainda assim, vou sentir saudade. Cuidem-se. Um beijo de esmagar as maçãs do rosto, e um abraço daqueles urgentes.
2 comentários:
I love you so much B.
Como vou sentir saudades de vc!!!
Vc vai ter muito sucesso, sabe por quê?
Vc é ótima!!!!
Bjos, com carinho da profª Cretina.
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