Aí, assim, às vezes, eu só quero usar um jeans azul, uma regata branca, e sentir o chão sob os meus pés. Porque às vezes, eu sinto que tudo está fora de alcance, e fico querendo sentir tudo assim, intenso. Mas tem dias, que eu só quero usar um moletom e ficar deitada fingindo que a vida não existe. E rio sozinha, pensando em coisas absurdas. Até porque, duvido que exista vida de verdade lá fora. Existem pessoas, e estas não passam de pó e bons-modos-falsos. Tudo assim, encaixado e aglomerado para fazer algum sentido no fim da vida, enquanto você se balança na velha cadeira, da varanda de uma casa pequena, que a sua aposentadoria lhe permite pagar em 48 meses.
Eu não, já aceitei que sou “tecnicamente” uma pessoa. Porque depois que você aceita, nada te faz ser medíocre de novo. Nada. E sonhar, já não está nos seus planos. Talvez seja esse o problema, eu troquei meus sonhos por planos. Daydreamer. Hein? É bem por aí.
Mas tem uma imagem que não sai da minha cabeça. De uma mulher sem rosto, chegando no seu apartamento, no centro da cidade, carregando sacolas de mercado e livros de capas bonitas. Ela procura a chave nos bolsos, abre a porta, tira os sapatos no tapete bege, joga tudo em cima da mesa e, ainda no escuro, deita no sofá branco, tão calma. Estica, relaxa. A noite tem cheiro de sexta-feira, o som de músicas agitadas, de boas baladas, vem lá de fora. Mas nada importa, porque ela vive em pequenos mundos. É, mundos que ela inventou e, mesmo no escuro, ela quer ficar. Ela não vai sair. Não vai e eu sei porquê. She’s daydreamer. Or very dreamer.
Eu não, já aceitei que sou “tecnicamente” uma pessoa. Porque depois que você aceita, nada te faz ser medíocre de novo. Nada. E sonhar, já não está nos seus planos. Talvez seja esse o problema, eu troquei meus sonhos por planos. Daydreamer. Hein? É bem por aí.
Mas tem uma imagem que não sai da minha cabeça. De uma mulher sem rosto, chegando no seu apartamento, no centro da cidade, carregando sacolas de mercado e livros de capas bonitas. Ela procura a chave nos bolsos, abre a porta, tira os sapatos no tapete bege, joga tudo em cima da mesa e, ainda no escuro, deita no sofá branco, tão calma. Estica, relaxa. A noite tem cheiro de sexta-feira, o som de músicas agitadas, de boas baladas, vem lá de fora. Mas nada importa, porque ela vive em pequenos mundos. É, mundos que ela inventou e, mesmo no escuro, ela quer ficar. Ela não vai sair. Não vai e eu sei porquê. She’s daydreamer. Or very dreamer.