segunda-feira, julho 31, 2006

Sinceramente

Último dia de férias. Pra alguns o pior dia do ano. Pra mim, dia da libertação. Porque é exatamente naquilo que eu costumava chamar de "rotina patética", que eu encontro minha liberdade. (Como assim, Sofia?) Ah, é simples. Eu vou pra onde eu quero, faço o que eu quero... Na correria de sempre, mas é isso que torna essa minha vida, interessante. Dos acontecimentos bizarros que só acontecem comigo (haha, e como acontecem), das tardes insanas em Itapecerica da Serra (quantas loucuras). E de repente deu vontade de viver tudo aquilo de novo, ao lado das mesmas pessoas. Mas é quando você percebe, que aquelas pessoas tomaram outro rumo, seguindo outros caminhos. E o choque é ainda maior, quando percebe que isso também aconteceu com você.

Eis que me encontro aqui. Lendo Sidney Sheldon e caminhando rumo á faculdade de Medicina - sim já decidi, pelo menos por este mês . E um dia desses encontrei aquelas pessoas que tornavam tudo mais divertido. E sabe, elas também sentem saudade. Saudade que prova que o passado valeu a pena.

O engraçado, é que nós não falamos mais sobre rock, da balada que bombou na semana passada, nem nada do que passavamos horas falando. Falamos sobre vestibular, faculdade, carteira de habilitação, entre outras coisas.

E antes de ir embora, caminhando em direção á sua faculdade de Educação Física, ele disse: "Percebe, Sofia? Já não somos loucos, mas ainda somos poucos." (sorriso sincero - o mesmo que me derretia na 8º série). E isso fica ecoando na minha cabeça. E não pára!

E como a cena final de um filme americano, eu vejo aquele casaco preto se afastando, lentamente. E antes de entrar no carro, ele vira, sorri e diz: "A gente ainda vai se vê de novo." e eu fico imaginando a minha cara de boba, a mesma de quando eu tinha 12 anos.

E eu vejo o mesmo carro preto indo embora, de novo (déjà vu). Volto pro balcão, e enquanto tirava a carteira da bolsa, percebi uma música tocando - sim, uma das nossas - ela tocou lá no fundo, sempre no fundo, ela tocou assim:

"Gostei do seu charme e do seu Groove,
gostei do jeito como rola com você."

E antes de seguir a minha vida, a tela do celular informa: "Nova mensagem de texto" e ela era exatamente assim:

"Vc nem vai acredita, + eu acabei de ouvi akela musica, lembra? Gostei do seu charme e do seu groove... Eu nunka vo eskece. Ainda te amo, Sofia."

___

E agora, lembrei do que a Fê disse:
"Por que essas coisas só acontecem com você? Puta mina sortuda!"
E eu respondi:
"Aprenda uma coisa menina, amar não é sorte, é azar."
Pra encerrar essa história... falando bem Sinceramente.

sábado, julho 29, 2006

Se houver amanhã...

Sábado. Último sábado da vida que se torna inútil durante as férias. Hoje não consegui ficar em casa. Fui andar por aí. Procurar a minha própria paz. Ver uns rostos estranhos, alguns acontecimentos bizarros, pessoas felizes... Felizes demais. Quando surge uma ponta de inveja que penetra imediatamente em meus olhos, indo direto pro coração, quando sinto aquela antiga e quase esquecida falta de ar. Uma vontade louca de ser feliz toma conta de meus músculos, algo quer explodir. Olho para aqueles casais, aparentemente, perfeitos, sorrindo, fazendo juras de amor. Quando olho pros lados, não vejo ninguém. Quando olho pra dentro, o vazio e o silêncio são ainda piores e mais cruéis. Um sentimento terrível e atormentador se torna constante. A antiga e quase esquecida solidão retorna, dessa vez parece querer ficar.
Sabe, solidão não é estar sozinho, é estar entre milhões de pessoas e sentir falta de apenas uma. Na maioria dos casos, daquela que não te enxerga, não te dá importância... E em pouco tempo, se torna uma frustrada obsessão. Mas os dias passam, muito rapidamente, e quando se dá conta, você não mais existe, passa a sobreviver. Sobrevivente de um amor mal-sucedido, implicante, impulsivo, patético, sim.
Enquanto a Sra. Razão, rude, curta e grossa, ordena: "Esqueça! Continue! Há muito trabalho pela frente." a Sra. Emoção, simpática e agradável, sugere: "Siga seu coração!". Quem nunca passou por isso que atire a primeira pedra. Mas mire na cabeça. Faça-me perder a memória, já sou sua escrava. Desmemoriada, perdida no tempo e espaço (não estaria numa situação completamente diferente), seria mais fácil recomeçar. Talvez.
Admito. Sou daquelas que dá murro em ponta de faca. Fico ali, me ferindo até que a insanidade e o razoável se tornam fardos pesados demais para carregar-se. O sono se torna disperdício de tempo, conseqüentemente, os sonhos também.
E é nesse mesmo momento, quando você pára pra se olhar no espelho da verdade (nua e crua) que não se reconhece. Percebe que todos os romances, as dificuldades e os intermináveis problemas, não te trouxeram nada de proveitoso. Tornaram-te uma pessoa fria, cuidadosa e calculista, que mede palavras e esconde sentimentos, com alguns delírios românticos nas noites solitárias de alguns sábados.
Sorri. Rindo de sí mesma, percebendo que o tempo é o melhor aliado quando se fala da vida. Vida louca, vida breve. Já que não posso te levar, quero que você me leve. Vida que apenas começa, que te deixa ciente que as coisas SEMPRE poderão piorar. Espere o melhor. O pior já é fato.
E eu me pego voltando pra casa. Passos lentos, soando uma certa melancolia. Noite fria (comum e apropriada), que leva meus pensamentos pras estrelas e o amor pra algum lugar vazio do esquecimento. Iluminada com um certo encanto pelas luzes da rua. Percebo dois ou três olhares que me acompanham, enquanto o som da bota de bico fino batendo firme no chão, parece acompanhar a batida do meu coração. Suave, leve, triste. Olhares esses atentos, que acompanham meu casaco preto comprido até ele sumir completamente dobrando a esquina. Chego ao fim de mais uma caminhada noturna, com o mesmo pensamento de todas as "sem-saídas": Amanhã será um novo dia. Se houver amanhã...
Por quê tanta esperança? Porque o NÃO eu já tenho, e não é exatamente ele que eu quero. Não exatamente. Ele.
"You don't have to be alone
Stay with me now... Stay with me tonight..."

quinta-feira, julho 27, 2006

Ainda


Há um mundo novo que se descortina ante meus olhos incrédulos e maravilhados a cada novo dia, a cada passo ainda incerto que dou.
É preciso ter coragem, sim.
Mas é preciso, sobretudo, que se tenham sonhos.
E eu os tenho.
Muitos.
Um bocado deles.
Por isso ainda estou aqui.
Por isso abro meu coração e deixo que as palavras fluam tomando rumos e direções que desconheço.
Porque ainda acredito em mim.
Porque ainda acredito nas pessoas.
Porque ainda acredito na vida.


Por Bianca

Qualquer hora

Qualquer hora entendo
o porquê de querer
esses sonhos impossíveis
que a vida insiste em oferecer.
No silêncio das palavras
persistem os pensamentos,
e a predominante ausência
dos incontroláveis sentimentos.
Logo descubro
o que me leva até você
tudo que um dia
pensei não querer.
Mas o que nunca se teve,
todos sabem,
não se pode perder.
Pois quando eu acordei,
não mais te conhecia
percebi que nunca conheci,
que o tempo todo
você mentia.
Pois enquanto houver vida,
haverá esperança.
E sentirei saudade,
não de ti, mas da lembrança.
Do dia em que te amei,
do dia em que perdi a confiança.

quarta-feira, julho 26, 2006


Ela talvez seja o rosto que não consigo esquecer
Um rastro de prazer ou de arrependimento
Talvez seja meu tesouro ou o preço que eu tenho de pagar
Ela
Talvez seja a música que o verão canta
O arrepio que o outono traz
Talvez seja cem coisas diferentes
No decorrer de um dia
Ela Talvez seja a bela ou a fera
A fome ou o banquete
Talvez transforme cada dia em um paraíso ou em um inferno
Ela talvez seja o espelho de meus sonhos
O sorriso refletido em um rio
Ela talvez não seja o que parece
Dentro de sua concha
Ela
Que sempre parece tão feliz na multidão
Cujos olhos podem ser tão discretos e orgulhosos
Ninguém pode vê-los quando choram
Ela talvez seja o amor que não pode ter esperança de durar
Talvez venha a mim das sombras do passado
Das quais me lembrarei até o dia em que eu morrer
Ela
Talvez seja a razão pela qual eu sobrevivo
O porquê de eu estar vivo
Aquela que eu protegerei nos anos bons e ruins
Eu
Eu pegarei seu riso
E suas lágrimas
E farei deles minhas recordações
Aonde ela for eu tenho de estar
O sentido da minha vida é ela
Ela, ela, ela...
________________________
Volúvel, sim. Romântica incorrigível... também.
"O amor é a loucura mais certa, que somente os certos mais loucos são capazes de cometer."

terça-feira, julho 25, 2006

Open your eyes!

Coração cheio, porta aberta e mente vazia. E... assim eu me encontro. Antes de me perder, claro. Eu tentei segurar tudo até chegar o momento certo. Mas é incrível como me perco nesse tudo que você significa pra mim. Tentativas frustradas. Tento só uma última vez. E uma última vez. Já chega. Você não sabe o que quer, porque não precisa de nada. E nada. Faz sentido pra você? Nem pra mim. Nunca fez.
01:10, varanda mais uma vez. E é esse vento que congela, que explica. Consegue entender agora? Especialista em códigos. Eu explico. Refugie-se em sua mente. Lá você pode fazer o que quiser, ter o que quer. Agora, feche seus olhos. Respire fundo. Nesse exato momento, alguém está pensando em você. Abra seus olhos. O que você vê? Se não ver nada, parabéns, você não precisa de nada. Se ver... tente acordar. É apenas um sonho. Ah sim, agora você entende.
O vento ainda congela. Se aqueça. Me aqueça. Aqueça. Oh não, isso não é uma propaganda de "Doe um agasalho à quem precisa", é apenas uma garota, parada na frente de um garoto, pedindo pra ser amada. Onde? Em um lugar chamado Notting Hill. Belo filme romântico, que já não faz minha cabeça. O que faz minha cabeça? A partir de segunda-feira, livros do colegial, muita lição de casa, aulas intediantes, provas semanais e belas notas no fim do bimestre. Ah sim, só comunicando que a "gabriela" vai voltar a ser nerd. A patricinha é irritante demais pra que eu possa suportar. A romântica é patética, dá vontade de socar. A nerd é melhor, é invisível como eu, gasta menos dinheiro e mais tempo. Às vezes pra se fazer o que é certo, não usa-se a forma certa. Apropriada. Especialista em códigos, você sabe.
Mas, só agora? Como assim? É que quando eu acordei hoje, eu não te conhecia. E como tudo na vida tem um momento, foi nesse que eu percebi, que nunca conheci. Eis que te ví invisível, como eu.

Afinal... Sem o amargo, o doce não seria tão doce. E o que é a vida se não a busca da realização de sonhos? Se pensar bem, cada minuto que passa é uma chance de virar a mesa. Quer saber? Nos vemos em uma outra vida, quando formos gatos.
"Cuidado! Pessoas sofridas são perigosas, pois sabem que podem sobreviver."

domingo, julho 23, 2006

30 segundos

E é quando você se pega na frente do computador, em mais um domingo completamente vegetativo, que percebe o quanto tem se tornado uma pessoa vazia. Mas, venho trabalhando constantemente para encontrar algo que faça sentido. Algo que pareça real, além dos sonhos, é claro.
E é quando o amanhã não importa, que você percebe o quanto sua vida tem se tornado "baseada em fatos reais". Já não sou eu a narradora da minha vida. Fico ali, de longe, observando as pessoas fazerem o que querem com ela. Chego ao fim, pensando que daqui pra frente será mais fácil. É só sentar e assistir esse filme sem fim. É só satisfazer as expectativas dos rostos estranhos que caminham ao seu lado, e acho que tudo acabará bem.

Já descobri quem eu sou. Uma coisa pequena e estranha. Que tem tanta importância quanto um pedaço de papel, que você guarda na gaveta e simplesmente esquece. Excessivamente volúvel. Nada meiga, nada culta... Nada, me definiria bem. Um álbum de fotografias vazio, saca?

Já se sentiu deslocada(o)? Como se todos tivessem suas simpáticas casinhas, com filhos e um jardim bonito. E você morasse naquele quarto de hotel escuro, e não soubesse exatamente pra onde ir?
Já se sentiu sufocada(o)? Como se as pessoas que sempre sorriram e que você mais confia, de repente te viram as costas e fazem de tudo pra não te ouvir?
Já sentiu vontade de ir pra muito longe, onde ninguém te conheça? Só pra não ter que dar explicações sobre o que você faz aqui ou ali. Sobre o que você gosta ou não?
Já amou alguém? Como se a vida fosse realmente bela. Como se os problemas nunca tivessem existido. Como se mais nada importasse?
Já se sentiu rejeitada(o)? Como se tudo não tivesse passado de uma simples brincadeira. Quando o único que disse realmente a verdade foi você?
Já disse coisas que não deveriam ter sido ditas?
Já teve vontade de jogar tudo pra alto e recomeçar?
Já percebeu que recomeçar é muito difícil, pra se fazer sozinha(o)?
Já parou pra pensar, que já fez muitas coisas, e continua cometendo os mesmos erros?
Então aí vai um conselho.
Fale muito das coisas, pouco das pessoas e nada de você. Pense antes de agir. Proteja-se. Lute. Tente vencer. Recomece...
Quer saber? Esqueça tudo. Fale menos e faça mais! Ah sim, NUNCA SE APAIXONE. NUNCA.


"E lembre-se: Nunca se aproxime de algo que não possa largar em 30 segundos."

terça-feira, julho 18, 2006

GAME OVER

When I woke up this morning, I saw your smile. And I knew that I wanted to spend the rest of my life with you...

Do you think that we'll be together forever? Because that is a plan, isn't it? Yeah! That's... I was just making sure. Whatever.

But, would it make a difference if I told you that a no one could possibly ever love anyone as much as I love you?

Well, you know, if I was so wonderful, why didn't you call me? Why did you leave me here to rot? Why?


___

Uma estúpida de uma romântica, que ainda acredita no amor. Que pensa, pensa, pensa... E não consegue descobrir como foi cair em mais uma armadilha do destino. Destino esse travesso, que gosta de brincar com os meus sentimentos. E pela segunda vez, eu me encontro perdida pelos mesmos motivos, nesse vácuo que ecoa na minha alma. Porque uma vez me disseram, que quando se ama de verdade, coisas ruins se transformam em coisas boas, e que não temos limites pra sonhar. Como podem mentir tanto pra uma pessoa? Sonhos não passam de sonhos. A única verdade é a relidade. Realidade crua, que já não me satisfaz. Ultimamente, nada me satisfaz. Talvez porque, quando você ama alguém mais do que a sí próprio, passa a ser prioridade. E quando os momentos de ingênua imaginação acabam, nada consegue fazer muito sentido. Mas, como tudo que começa tem que chegar ao final, essa "mágica história" termina mais ou menos por aqui. Termina sem começar, mas mesmo assim...

Eu só queria que chovesse. Que chovesse, pra que eu pudesse sair correndo e esquecer de todos os problemas, que já não posso mais ignorar. Porque a minha vida é assim, um verdadeiro vai e vêm de pessoas, das mais especiais até as mais escrotas.
22:49, pré-insônia. Mais uma noite acordada. Pensando em o que irei fazer com o resto dos meus dias. Ahh, desisto! Odeio fazer planos á longo prazo.
E a única certeza que tenho, é que não quero mais sinais falsos, indecisos e complicados. E é nesse enorme vazio que permanece, me levando através dos dias, onde quem manda é a esperança, que eu encontro meu caminho. Até me perder de novo, você sabe.

Mas como explicar, a saudade de algo que você nunca teve? Mais uma pergunta que farei pro travesseiro. Talvez o amanhecer traga as respostas. Enquanto isso, eu fico aqui. Lutando contra o sentimento e o frio. Quando essa guerra vai acabar? Agora! GAME OVER.

segunda-feira, julho 17, 2006

O passado telefona.

O telefone toca, ela corre pra atender.
- "Alô." - voz de sono.
- "Oi ga, tá fazendo o que?"
- "Ééééé, nada."
- "O que pretende fazer hoje?"
- "Arrumar minha cama, comer 4 folhas de alface com beterraba e ir pra academia."
- "Ahh. Você ainda me ama?"
- "Na verdade, não."
- "Porque eu sempre lembro de você. Você sabe que é especial."
- "Pra provar que uma pessoa é especial não precisamos lembrar sempre dela, é só não esquecê-la, nunca."
- "Então você resolveu me tirar mesmo da sua vida?"
- "Não. Só aprendi, que é pra frente que se anda."
- "Então eu ainda faço parte da sua vida?"
- "Ahãm. Também do meu passado."
- "Agora eu entendi."
- "Humm..."
- "Tchau. Beijo."
- "Tchau."

Ela vai pra varanda. Percebe que era seu passado querendo voltar. Respira fundo e continua comendo sua "deliciosa" salada de alface com beterraba, enquanto toca "Screaming Infidelities" do Dashboard Confessional. Liberdade saborosa. Quando ela sente que os problemas foram embora, alguém desliga o rádio, liga a televisão e diz: "Vai ficar olhando pro céu o dia inteiro?". Ela responde com um sorriso, sarcástico é claro, e vai arrumar a cama. Era seu mundo, chamando-a pra realidade. Amarga, amarga realidade.


"So take a look at me now
There's just an empty space"

domingo, julho 16, 2006

Someday

E se algum dia, você me perguntar o porquê de eu ter te escolhido, eu direi:

- Porque você me viu quando eu era invisível.

E, quando eu era. Eu era, e não sou mais. Até me perder de novo. Até te encontrar. Algum dia.

quinta-feira, julho 13, 2006

A História da Minha vida.

Sol.
Sol que me faz acordar 7:00 da manhã pra ir na merda do médico.
Sol que me faz tomar café na padaria.
Sol que me faz ficar em casa sozinha (sem irmã, pai ou mãe).
Sol que me faz abrir todas as janelas.
Sol que me faz ir pra varanda e olhar pro horizonte.
Sol que trás "ele" pra frente do meu portão.
Sol que me faz rir, por ver "ele" subir a rampa com medo do cachorro.
Sol que me faz abrir a porta e ver "ele" depois de tanto tempo.
Sol que me faz dar um abraço forte, e sentir meu coração aliviado.
Sol que me faz ir pra cozinha fazer a vitamina de morango com leite, que nós amamos.
Sol que nos faz sentar no sofá e jogar conversa fora.
Sol que me faz assistir Jogos Mortais só pra ver "ele" rindo da minha cara de pânico.
Sol que nos faz ouvir Coldplay por horas.
Sol que me faz sentir feliz, por estar com "ele".
Sol que me faz perceber que a nossa história ainda não terminou.
Sol que nos faz lembrar das tardes loucas, no centro de Itapecerica da Serra.
Sol que me faz falar dos meus sonhos, e ouvir os "dele".
Sol que nos faz ir andar de bicicleta na rua, pra relembrar os velhos tempos.
Sol que faz valer a pena assistir Titanic, só pra dar risada do Leonardo DiCaprio.
Sol que me faz pegar a nossa caixa de fotos e cartas, e lembrar de um tempo que não volta mais.

Pôr-do-sol.
Pôr-do-sol que faz "If you leave" do Nada Surf tocar no rádio.
Pôr-do-sol que me faz olhar nos olhos "dele" e perceber que nós nunca mudamos.
Pôr-do-sol que faz um beijo de despedida valer três meses de espera.

Lua.
Lua que trás saudade.
Lua que trás sentimentos confusos.
Lua que me faz pensar em "nós" de novo.
Lua que faz meu telefone tocar.
Lua que me faz atender e ouvir a voz "dele".
Lua que faz "ele" falar que ainda me ama, que nunca conseguiu me esquecer, que quer ficar do meu lado, que quer voltar a ir no cinema de sábado, que quer me ver fazer brigadeiro no domingo, que sente saudade, que quer outra chance de me fazer feliz, que dessa vez voltou pra ficar.
Lua que faz o meu sonho impossível se realizar.
Lua que me faz não acreditar no que ouvia.
Lua que me faz perceber que também sinto saudade, saudade essa que prova que o passado valeu a pena.
Lua que me faz perceber que depois de ouvir tudo isso, não sei se dar outra chance pra nós basta.
Lua que me faz prometer em pensar seriamente sobre isso.
Lua que me não me deixa dormir.
Lua que me acompanha durante a madrugada.
Lua que ilumina meus pensamentos.

Sol.
Sol que me faz pegar o telefone e ligar pra "ele".
Sol que me faz dizer que precisamos esquecer tudo, e seguir em frente.
Sol que faz "ele" dizer que me ama de qualquer jeito, e não importa quanto tempo ele tenha que esperar.
Sol que me faz desligar o telefone com o coração apertado.
Sol que me trás um sentimento estranho.
Sol que me faz perceber que não existem sonhos impossíveis.
Sol que faz meu telefone tocar de novo.
Sol que faz ser "ele" de novo, só pra pedir que eu o perdoe por ter ficado tanto tempo longe.
Sol que me faz perdoar.
Sol que me faz dizer: "E talvez um dia, eu me pegue na nossa casa de praia, vendo as crianças brincarem na areia, sentindo seu toque suave sobre os meus ombros. E talvez um dia, tudo que imaginamos seja verdade."
Sol que faz "ele" rir e dizer: "Você realmente leu todas as minhas cartas. E apesar de nunca ter respondido nenhuma, eu tinha certeza que você lia, e pensava em todos os planos que fizemos."
Sol que me faz rir e dizer: "E eu pensei em você todos os dias depois daquele adeus. E só não respondi, por medo, medo de nunca mais te ter perto de mim."
Sol que faz "ele" dizer: "Eu também pensei em você. Só lembrava da última vez que te ví, chorando enquanto o carro se afastava. E das últimas palavras que você me disse, que tuda ia ficar bem, pra eu ser forte, pra eu não dizer adeus."
Sol que me faz sorrir e dizer: "Eu fui muito boba, se fosse hoje iria correr atrás do carro!" (muitos risos)
Sol que faz "ele" engasgar de tanto rir e dizer: "Se cuida, mas se não conseguir, me chama!"
Sol que trás uma sensação boa e me faz dizer:
"Não se preocupe, você será o primeiro que eu vou chamar."
Sol que me deixa livre, e que me faz tomar suco de limão ouvindo "Orange Sky" do Alexi Murdoch.
Sol que me deixa finalmente feliz.
Sol que leva embora todos os sentimentos ruins.
Sol que me trás esperança. Esperança de que daqui pra frente a vida vai ser melhor.
Sol que me permite lhes contar aqui, a história da minha vida.

"Você me salvou de um mundo cruel, e por isso te agradeço. Agradeço por ser quem você é, e por ter feito o que fez por mim. Que você seja feliz. Tão feliz quanto você me fez. E se me permite contar um segredo, eu vou te amar pra sempre."

Porque sempre tem aqueles momentos, que nós nunca vamos esquecer. Nunca!

Sendo assim, eu já não tenho mais segredos...

segunda-feira, julho 10, 2006

E, é assim que a Vida é...

As pessoas acreditam ter problemas demais. Vivem tentando entender a vida. O "porquê" disso e daquilo. Eu discordo. Hoje li em algum lugar: "Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa qualquer entendimento." A frase veio em boa hora, já que estava passando por mais um dia de pensamentos/sentimentos confusos.

Mais tarde, olhando a lua, que hoje estava espetacularmente linda, respirando fundo esse ar poluído da cidade, lembrei da frase. Lembrei também de uma pessoa que foi/é muito especial. E pensei em como a vida pode ser casualmente bela. Pois sim, nós temos problemas, mas não uma necessidade tão grande de resolvê-los o tempo todo. E talvez se pudessemos ignorar as tolices do dia-a-dia, poderíamos viver melhor. Não é necessário ficar triste o tempo todo, só porque as coisas não estão dando certo. As coisas não vão melhorar. O que você precisa fazer é, seguir em frente sem olhar pra trás. Levando com você apenas as lições valiosas que aprendeu nas fases ruins. O legal é tentar fazer melhor da próxima vez.

E talvez essa seja realmente a melhor opção. Esquecer as coisas ruins, lembrar das boas. Das festas, das boas e eternas amizades, e dos amores (por mais que tenham durado pouco tempo). Afinal, nada dura pra sempre. Por mais que seja difícil esquecer algo que te trouxe tantas coisas boas, chega uma hora que as lágrimas cansam de cair. E que você percebe, que a vida é uma viajem curta demais, pra perder tempo chorando e se lamentando. É hora de deixar velhos sonhos impossíveis pra trás. É hora de agarrar as novas paixões que a vida lhe trás. Foi bom, foi ótimo, foi inesquecível... Mas, acabou. É hora de superar!

"Não importa o quanto a noite tenha sido longa, o amanhecer sempre traz o sol."

Porque tem momentos que nem você, nem eu, vamos esquecer. Acredite.

"So kiss me hard
'cause this will be the last time that I'll let you
You will be back some day
And this awkward kiss that tells of other people's lips
Will be of service
To keeping you away"

domingo, julho 09, 2006

I'm gonna have to move on...

Jet - Move On

Well I been thinking about the future
I'm too young to pretend
It's such a waste to always look behind you
Should be lookin' straight ahead

Yeah, I'm gonna have to move on
Before we meet again
Yeah, it's hard
If you had've only seen

10.34: Flinders Street Station
I'm lookin' down the tracks
Uniformed man askin' am I paid up
Why would I wanna be there?

Yeah, I'm gonna have to move on
Before we meet again
Yeah, it's hard
If you had have only seen
Take control
Don't be afraid of me

'Cause every once in a while
You think about if your gonna get yourself together
You should be happy just to be alive
And just because you just don't feel like comin' home
Don't mean that you'll never arrive

Yeah, I'm gonna have to move on
Before we meet again
Yeah, it's hard
If you had have only seen
Take control
Don't be afraid of me

sábado, julho 08, 2006

The Life is a short trip...

Acordei. Acordei sem saber pra onde ir. Fui pra mesma rede de todo descontentamento. Olhar o mesmo céu azul de todas as desilusões. Sonhei com você. E com todas as coisas que você disse. Procurei o "porquê" de ter amado sem igual, sem nada receber em troca. O "porquê" de tantas preocupações, tantos planos desnecessários. O "porquê" de alguém te fazer bem pelo simples fato de existir. Não consegui encontrar nenhuma resposta. Porque amar é irracionalmente puro e transpassa a linha do plausível. É simplesmente amar.

Mas, ainda acredito que tudo tem um "porquê" pra acontecer. Pois se você não tivesse "invadido" minha vida, eu certamente estaria ouvindo funk, me tornando cada vez mais fútil, materialista e imatura. E acho que é exatamente por isso, que eu não vou conseguir te esquecer. Nem por um segundo. Pois sempre que lembrar-me da minha juventude, vou lembrar-me do homem que me fez sofrer, pra me tornar mulher.

Só espero que um dia, enquanto estivermos nessa corrida constante ao futuro, você me olhe e perceba o quanto foi especial pra uma certa "garota boba de quase 15 anos". E que eu possa olhar nos seus olhos, e te reconhecer. Reconhecer que o tempo passou, e que nós nunca mudamos de verdade.

"No final, tudo dá certo. Se não deu, é porque ainda não chegou ao fim."

"So many adventures couldn't happen today
So many songs we forgot to play
So many dreams swinging out of the blue
Let them come true..."

Again I Go Unnoticed...


Say goodbye and go!

Porque se eu for escrever. As palavras vão sair vomitadas. Não seria o melhor a fazer. Não agora.

O jogo acabou. As fichas acabaram. E tudo que tenho é esse lugar que eu gosto de chamar de "fundo do poço". mesmo assim continuo viciada. Viciada em você.

E talvez quando eu acordar deste sonho. Não tenha passado de um pesadelo. O sol vai invadir meus olhos novamente, quando eu abrir a janela. Até lá, espero ter aprendido voar. E talvez você esteja lá e voe comigo. Até lá... eu fico aqui, sozinha em minha derrota...



É, vai ser um longo inverno. Aqui dentro. Só aqui.

"Well, as for now I'm gonna hear the saddest songs
And sit alone and wonder
How you're making out
But as for me, I wish that I was anywhere with anyone..."

terça-feira, julho 04, 2006

Thinking about the Life...

The world will little note, nor long remember what we say here,but it can never forget what they did here...

Everything is gonna be alright. Be strong. Believe.