Não há felicidade maior. Um flerte, uns olhares traiçoeiros, uns sorrisos despercebidos.
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A Sra. das Peripécias Desimportantes me buscou, tarde da noite. Na garagem, desligou o carro e iniciou um quase monólogo. Não pude ouvir, não conseguia ouvir uma só palavra claramente. Observava suas mãos, gesticulava muito, aumentava o tom da voz. Eu balançava a cabeça em reprovação a cada pausa que ela fazia, como se esperasse uma resposta. Não foi proposital, tentava me concentrar mas não podia, estava em outro lugar.
A Sra. das Peripécias Desimportantes me buscou, tarde da noite. Na garagem, desligou o carro e iniciou um quase monólogo. Não pude ouvir, não conseguia ouvir uma só palavra claramente. Observava suas mãos, gesticulava muito, aumentava o tom da voz. Eu balançava a cabeça em reprovação a cada pausa que ela fazia, como se esperasse uma resposta. Não foi proposital, tentava me concentrar mas não podia, estava em outro lugar.
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Sorri um desses sorrisos despercebidos relembrando aquela tal conversa recheada de malícia e segundas intenções. Mentes perigosas. Ela parou de gesticular, nem movia-se, inacreditando naquele sorriso de canto de boca, afinal, o assunto era seríssimo (?!).
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E novamente o silêncio me faz descer das nuvens. Fico assim, inteiramente satisfeita com o pouco que você me deixa - porque mal me larga e já me agarra. Fico aqui, ou ali sozinha no carro, guardando cada você comigo, para outro encontro logo mais.
E novamente o silêncio me faz descer das nuvens. Fico assim, inteiramente satisfeita com o pouco que você me deixa - porque mal me larga e já me agarra. Fico aqui, ou ali sozinha no carro, guardando cada você comigo, para outro encontro logo mais.
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"Você não deveria ser a substituta de ninguém, menina."
"Você não deveria ser a substituta de ninguém, menina."
Àquele, que não sabe a felicidade que me traz.