domingo, setembro 16, 2007

Do you like me now?

Há uma filosofia nas poesias de todos os séculos, nas músicas, nos embriagados. Há em tudo que sente, uma filosofia, uma crença. Há uma crença, eu espero, na descrença dos céticos.
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Cínica, eu procuro ler e em mesmo tom escrever curtos parágrafos que instiguem à você, meu caro alguém. E nesses rabiscos avulsos eu procuro, plena de todo meu conhecimento em seu sentimento adormecido, abusar das figuras de lingüagem e da sinestesia. Que fique encoberto, não o faço para tornar explícita a minha verdade, como o bem de me supliciar que ela faz.
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Submersa na dor de um pseudônimo - que divide o meu reflexo em dois, enquanto eu escolho quem eu quero ser por hoje, e amanhã é depois. E se eu quisera este nome, tuberculoso e pungente, para que o faça refletir em suas lamentações matutinas, minha alma estará salva destes deuses capitalistas. Pois o farei, despretensiosa quanto ao resultado, ver que o seu fardo comparado ao meu é ridiculamente ínfimo. E nesse vereda de luz efêmera, você dará o valor subestimado à sua desprezível vida de alienado à uma era em que se come ouro no jantar.
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O meu propósito? É fazer você gostar de mim, certo de sua piedade e satisfação; quando eu, intencionalmente, não sou essa jovem escritora decadente coberta de limbo. Quando, na verdade, eu sou passos em sintonia com o resto do mundo, caminhando pela Oscar Freire. De Chanel e rímel.
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A minha crença, turva e vil, é na desconfiança desse mundo, e como você já deveria saber, na languidez da Verdade.

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