quarta-feira, novembro 15, 2006

Suspiros

Respirei fundo e ouvi a velha jactância do meu coração. Eu sou, eu sou, eu sou. E por um momento, quando eu te vi perdido e querendo voltar, eu fui mais forte. Não volte, meu bem. Lembre-se que o Bolshoi nunca deu bis. É comum abrir mão de algo na vida, com a intenção de não se perder tudo. Tudo assim, escapando pelos dedos, como as lágrimas daquele nosso lago.
O tormento mora aqui, dentro do peito. Tem dias que eu esqueço dele, mas... tem dias que a gente se esquece. Frio. Lágrimas. Pedras no lago. E lá vamos nós, deitar no sofá e olhar para o teto - o teto colorido dos sonhos impossíveis. Mas agora, que o nosso mundo se partiu em mil pedaços, eu durmo sob as estrelas. E nada me impede a vista da lua brilhante.
Vê? A esperança morta que não brotava no jardim desse abismo, agora floresce; brota amor desse chão sofrido, do coração gasto. Da lembrança, o sorrir; não de lamento, mas de saudade.
É de suspiro que se reinventa a vida, meu bem.











E não há problema quando a chuva sorri.
Dança a menina de mãos dadas com o destino.
Afinal, a estrada não é só o que se vê.

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